domingo, 2 de maio de 2010

VENDERAM CARO

Bahia e Santo André não levantaram o caneco, mas deixaram seus adversários nas decisões com a pulga atrás da orelha até o apito final. O Tricolor assustou após virar pra cima do Vitória, já no segundo tempo, e fazer 2 a 1 nos minutos finais da decisão do Baiano. O Ramalhão ficou por três vezes à frente do marcador, passou por 3 a 2 pelo Santos a ainda "trancou a respiração" de 90% do Pacaembu com uma bola na trave aos 45 minutos da segunda etapa.
Nenhum dos dois Segundões conseguiu reverter a vantagem dos seus oponentes, mas demonstraram que não chegaram à decisão por acaso ou que "deixariam fácil a conquista ao rival". Fica o aprendizado de que nenhum gol deve ser perdido. Nenhum. Que falta um golzinho faz...

O QUE SERIA DA MÍDIA?
Vamos analisar: o Santo André vai e derrota o Santos por 4 a 2, por exemplo. Basta considerar que aquela bola na trave, já perto dos acréscimos no segundo tempo, resultasse no gol do título Andreense. Como a "grande imprensa especializada" iria se pautar? A quem iria recorrer? Com certeza as imagens gravadas anteriormente com toda badalação para "os meninos da Vila" viraria peça de arquivo (ou a ser descartada). O Santo André não era o queridinho, mas ia provocar uma maldade nos coleguinhas da mídia!

INDEFINIDO
Está em Pernambuco o que pode ser considerada a "melhor e mais disputada" decisão de Estaduais em 2010. Sport e Náutico fizeram a melhor campanha, estão frente a frente na finalíssima e no primeiro jogo o Timbu venceu por 3 a 2. O jogo de volta é no reduto do Leão da Ilha. O Náutico, numericamente, tem uma pequena vantagem (uma cabeça à frente) em relação ao Sport. E só! Alguém é são o suficiente para arriscar um palpite sobre quem vai levantar o Pernambucano? Ou vai ser doido em se expor? Até quarta-feira há muito o que se pensar e palpitar.

EXPLICAR É PRECISO
E comprovar é mais-que-perfeito. Alardear de que o Pernambucano é o Estadual mais bem disputado da temporada, entre os Estaduais, vai parecer manipulação para o próprio eixo, uma vez que os finalistas são dois integrantes da Série B. No entanto, a afirmação se dá pelo equilíbrio entre os que decidem e que não há diferença elástica na vantagem do placar do jogo de ida em relação à volta (em seu estádio, o Náutico venceu por um gol de diferença e o jogo decisivo é no reduto do Sport, que vai precisar da diferença mínima para levar a decisão para os pênaltis).
Paulista - no primeiro jogo, o Santos fez 3 a 2 no Santo André no mando de jogo do adversário (os dois jogos foram em campo neutro, no Pacaembu). Assim, o Ramalhão precisaria vencer por diferença de dois gols na partida de volta. O Santos já entrava em campo com folga.
Estadual do Rio - nem teve graça: o Botafogo papou tudo antecipadamente.
Paranaense - idem ao campeonato do Rio de Janeiro e o Coritiba acabou com tudo a uma rodada do fim do Octogonal.
Catarinense - Avaí fez 3 a 1, fora, contra o Joinville e poderia perder por até dois gols de diferença. Folgadíssimo!
Gaúcho - assim como em Santa Catarina, o Grêmio só perderia o título se fosse derrotado, em seu estádio, pelo rival Internacional por pelo menos três gols de diferença (o tricolor havia vencido o primeiro jogo por 2 a 0, na casa do adversário). Folga das melhores!
Mineiro - é aí que entra mais um Segundão: o Ipatinga perdeu na ida por 3 a 2, em casa. Na volta teria que fazer dois gols de diferença. Mas quem fez o resultado foi o Atlético-MG que venceu por 2 a 0.
Baiano - até com derrota por um gol de diferença o Vitória seria tetracampeão baiano. E foi o que aconteceu: Bahia 2 a 1, mas no primeiro jogo o rival vencera por 1 a 0. Sem dificuldades!
Alagoano e Distrito Federal - mesmo jogando em casa, ASA e Brasiliense precisariam vencer por pelo menos dois gols de diferença a Murici e Ceilândia, respectivamente. Só que o ASA perdeu (2 a 1) e o Brasiliense empatou (2 a 2).
Potiguar - o ABC fez 5 a 1 no jogo de ida, fora, contra o Corinthians de Caicó. Mais que folga, um privilégio. Até se deu ao luxo de perder por 2 a 1 na volta.
Goiano - o Atlético-GO fez 4 a 0 na ida, em casa; na volta poderia perder por até três gols de diferença, mas acabou vencendo por 3 a 1. Sem dificuldades!
Até aqui o "mais disputado" - há que se considerar a decisão do Cearense como tão acirrado quanto o Pernambucano. No jogo de ida o Fortaleza venceu o Ceará por 1 a 0. Na volta, vitória do Ceará por 2 a 1. A disputa foi para a cobrança de penalidades máximas e o Fortaleza levou a melhor.

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