domingo, 2 de setembro de 2007

AMIGOS "BONS" DE BOLA

Continuo com minha homenagem ao meu time de gente amiga. Não sei ao certo se eles têm o dom da bola, mas têm vocação pra serem convocados à minha seleção. Hoje vou do "heterogêneo" Plínio, da "perturbadora" Edna, da "lutadora" Alessandra, do "bodas de prata" Ayrton Baptista (Tusca) e do "camaleão" Matheus.
SÃOPAULOPARANÁFIGUEIRAETCETAL

Conheci o Plínio em 1988, durante o curso de Jornalismo, na Universidade Estadual de Ponta Grossa. Escrever sobre ele e acerca de tudo o que juntos enfrentamos fica difícil por causa do pouco espaço. Este paulista, filho de baiano, radicado em Curitiba é uma mistura clubística. O coração dele é para (quase) todos. Ele tem aversão ao "curintiá" e ao "trétis". São-paulino desde "bebê", adotou o extinto Colorado como amor eterno (hoje é paranista, mas o Colorado tá até na sua comunidade do Orkut), "apostou" no Figueirense desde 1994 (nem sei o porquê), mas hoje tem "mais um time" na primeira. Fusão perfeita essa figurinha! Plííínnniioooooo!!!
UMA DIA A CASA (DELA) CAI!

Esta flamenguista zoa com o meu Coxa. Mas Deus vai mostrar a ela o que é o inferno. O seu time vive balançando, um dia cai ladeira abaixo. Nada contra o rubro-negro de tantas glórias e cujo time, o de 1981, foi o melhor que vi num formação de clube (exceto seleção). Sorriso constante, Edna é daquelas criaturas que você fica distante geograficaemnte, mas nunca deixa de ser seu eterno amante. Flamante o FlaEdna?
MAC (MARAVILHA ALESSANDRA DE CAMPINAS)
O MAC é um trocadilho com o time desta professora de inglês que resolveu praticar artes marciais como terapia. A nobre torcedora do Marília eu conheci faz menos de um mês e já faz parte da minha vida como quem estivesse me acompanhando há muito tempo. Recentemente me confidenciou uma decepção parecida com a minha. Também pudera, com a energia que ela tem - igual e qualificada como a minha...rsss - é de assustar qualquer ser normal. Alê, a melhor luta é que você trava nos tatâmes. Ali é justa, honesta e quem te vence ou perde pra ti faz por merecer, porque você é simplesmente especial.
TUSCA
O apelido eu sei desde 1981, quando o conheci. Depois, "migrou" pro irmão, mas o "Tusca" vai ser sempre, pra mim, o grande Ayrton Baptista. Hoje também trilha pelo Jornalismo. Torcedor fanático, ops, roxo pelo Coritiba, nos áureos tempos de colegial nós "trocávamos" farpas pelo Mengo (ele) e Vasco (eu), São Paulo (ele) e Timão (eu), Santa Cruz (ele) e Náutico (eu). Até o Nordeste tava na nossa história de torcedor.
Um dos momentos mais marcantes de minha vida estudantil, passei com esta figura. "Forjamos" uma briga, fomos suspensos e justamente no dia de nosso "gancho", perdemos uma prova. Pelo sim, pelo não, acabamos reprovados no final de ano. Problema de quem nos reprovou, pois somos amigos até hoje.
Há uns dez anos, ele me disse, no café da Rua 24 Horas: "quer saber por que motivo você não foi efetivado lá (um local em que atuamos juntos)? Porque você tornou-se amigo do recepcionista, da tia do cafezinho, do motorista, enfim, tratou todos igualmente como trata os jornalistas. Isso incomoda!". Valeu Tusca!
ESTE É O MEU SOBRINHO...
Matheus! Figuraça, um presente que ganhei no dia 21 de agosto de 1990. Obra rara! Pelo que contabilizei, ele "pulou" de um time pro outro 11 vezes. E a troca era do Coritiba pro Atlético-PR, deste pro outro e assim foi, abusando da paciência da rivalidade do Atle-Tiba. Ele brincou com as quatro cores. Hoje, até o fechamento desta edição (rssss), ele "ainda" é Coxa.
Este é o meu amigo, sobrinho, parceiro, irmão, cara fora do comum Matheus. E é camaleão em tudo, até pra escolher profissão. Hei, meu brother, só não vá inventar de mudar de mulher depois de casado, viu?

GRANDE CARLINHOS!

Justamente no momento em que o Coritiba marcava o segundo gol contra o Ituano, toca o telefone e recebo uma triste notícia. A da morte do músico Carlinhos. Carioca, residindo em Paranaguá há quase 30 anos, este contrabaixista de 55 anos foi cedo pra outra esfera vítima de 5 AVCs (o "popular derrame").
Havia muito tempo que não o via, mas fica para sempre na memória as situações em que nos encontramos nos "palcos da vida". O conheci antes mesmo de eu atuar profissionalmente na música. Depois, fizemos algumas apresentações juntos.
A última vez, no longínquo 1991, perguntei a ele sobre meu desempenho. Elogiou e eu insisti: "fala sério, quero uma crítica!". Ele disse que eu estava no caminho certo e que, evidentemente, teria que prosseguir os estudos e me atualizar sempre. Recado dito e atuação cumprida.
Desliguei-me da música por causa dos afazeres jornalísticos e de ensino, mas penso em voltar. Agora mais ainda fortalecido pela energia que Carlinhos deixou pra nós aqui na Terra.
No dia de ontem, 01/09, ele se foi e bem na data de aniversário de seu filho, que completou 18 anos. Comentei com sua esposa, Clara, de que precisamos focar na energia positiva dos fatos. E que o rapaz atinge a maioridade com um presentão: a energia transmitida pelo Grande Carlinhos!
Cara, você fez muitos gols por aqui, com seus acordes. Não quero que descanse em paz. Eu desejo, sim, o que sempre fez por aqui, entre nós: afine as cordas e mande ver no som em qualquer lugar que esteja. Precisavam de gente como você. Valeu!