Os dirigentes do futebol brasileiro se superam. Infelizmente, a grande maioria não é por feitos qualificados, mas pela insanidade administrativa e por falta de coerência. Agora foi a vez do ex-presidente do Paraná Clube, Aramis Tissot, e que atualmente pertecente ao quadro diretivo do Tricolor, reclamar da imprensa por ter dado ênfase à paralisação dos atletas na última segunda-feira, 15. Os jogadores cruzaram os braços e não treinaram em protesto à falta de pagamento de salários e premiações e também em solidariedade aos funcionários do clube, sem receber desde janeiro. Tissot ameaçou sair da direção do Paraná por entender que o ato foi uma ofensa à história do Tricolor e que a imprensa só deve publicar coisas boas, evitando noticiar fatos ruins.
RECADO
Prezado Tissot, qual é a história que funcionários e jogadores vão contar às suas respectivas famílias e às contas de água, luz, telefone, cartão de crédito, escola, mercado, planos de saúde, entre outros?
O que vale mais: a história de um clube, manchada pela ingerência administrativa, ou o armário e a geladeira vazios? Vale lembrar que a relação trabalho x salário é "um pouco antiga". A história, na verdade, é outra: quem se esforça e presta seu empenho merece a recompensa! Nunca na história do mundo alguém recusou trabalhar por receber o que lhe é justo.
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